ESPECTÁCULO DE HOJE NO BALTAZAR DIAS CONTA COM VÂNIA E TEM O MAR COMO TEMA

A Banda Municipal do Funchal, conhecida como Artistas Funchalenses, celebrou no passado dia 18 os 166 anos de actividade e é com um concerto esta tarde, pelas 18 horas que comemora em palco a data. O espectáculo alargado e criado para mostrar o potencial e a qualidade desta formação musical conta com Vânia Fernandes como convidada especial. A ela juntam-se outros jovens músicos convidados, que com os instrumentistas residentes somam 71 músicos no palco do Teatro Municipal Baltazar Dias.

O mar é o ponto de partida para um serão onde a mitologia, a vida, o amor, a emigração e a saudade serão traduzidas em obras musicais de nomes tão diversos como Robert W.. Smith, Steven Reineke e compositores portugueses como Carlos Marques e Max. Ao todo serão interpretadas dez obras. Vão tocar entre outras, a marcha do 166º aniversário, da autoria de Susana Freitas, uma homenagem ao pai, Maurílio de Freitas; “Cassiopeia” de Carlos Marques e ” Pomba Branca”, de Vasco de Lima Couto e de Max, com arranjos de Aquilino Silva, que é também o director artístico. O maestro fez adaptação das restantes obras. No alinhamento está o fado “Gente da Minha Terra”, “Senhora do Mar”, que deu o passaporte para o Festival Eurovisão; “Hello”, de Adele; “The Girl From Ipanema” de Rom Jobim e “Songsof Sailor and Sea”, de Robert Smith.

“O Aquilino nos arranjos que fez ouvimos os sons do mar, as ondas, as baleias, gaivotas inclusive, tudo através dos instrumentos de percussão que levam-nos para este ambiente de mitologia, de natureza e ilha”, revelou Rui Paixão, presidente da filarmónica.

De há dois anos a esta parte começaram a fazer um concerto no Teatro Baltazar Dias por altura do aniversário. Este ano regressam ao palco, parte da alta de um programa que começou no inicio do mês com um jogo de futebol. No dia 18 hastearam a bandeira, tocaram a marcha e o hino e realizaram-se um pequeno convívio. No passado fim-de-semana realizaram o desfile até o Beco das Cruzes, onde tiveram a primeira sede, regressaram para a missa solene na Sé e para o jantar convívio na actual sede.

Uma forma de dar visibilidade 

O Programa termina hoje com o concerto, incluído no plano de actividades. Pretendem com ele tornar mais visível a banda filarmónica. “As bandas filarmónicas têm desempenhado um papel importante a vários níveis na Região”, disse rui Paixão. Querem mostrar que são mais do que mostram nos arraiais, chamar a atenção para o trabalho que realizam e homenagear as pessoas que contribuíram para este projecto e para as filarmónicas em geral.

Ontem à tarde estava disponível cerca de uma centena de bilhetes. Custam 10 euros. As crianças acompanhadas até 12 anos têm entrada livre.

Diário de Notícias , 28-02-2016