O projecto “Os clássicos não são uma seca” continuam a ser uma aposta do Teatro do Avesso, grupo sediado na Ponta do Sol. O mais recente exemplo disso foi o sucesso da estreia da terceira produção dos “Avessos”, intitulada “A Farsa do Mestre Pathelin”.

“Durante três dias, o público aceitou o nosso desafio e deslocou-se até à Ponta do Sol, contemplando o nosso trabalho, com casas cheias e calorosos aplausos”, diz Rúben Silva, actor e um dos responsáveis pelo grupo cénico que agora se prepara para trazer o espectáculo para o Funchal.

“A Farsa do Mestre Pathelin” vai estar em cena nos dias 25 e 27 às 15h30 (para escolas, 3 euros cada bilhete), sendo que os espectáculos para o público em geral são nos dias 25, 26, e 27 às 21h30. (no dia 26 há ainda uma sessão às 16h30) O ingresso custa 5 euros ou 7,50 (dependendo do lugar). Pode reservar pelo 291 220 416 ou pelo e-mail teatro.municipal@cm-funchal.pt. A bilheteira está aberta das 9 às 17 horas, de terça-feira a domingo.

Sobre o espectáculo importa referir que se trata de uma “peça medieva de um autor anónimo”, embora “há quem refira que pertence a Antoine de la Sale ou Pierre Blanchet, não existinto certezas relativamente à autoria do texto”.

Ora vejamos a sinopse: “O Doutor Pathelin, um advogado mentiroso caído em desgraça, vai à feira comprar um tecido para a sua esposa Guilhermina, também ela uma mulher com poucos escrúpulos. Como não tem dinheiro, monta uma trapaça para burlar o feirante, Guilherme. O feirante, figura também dada a intrujices, vê na situação uma maneira de vender gato por lebre, exigindo uma quantia exorbitante por um tecido que não vale meio tostão. Ao mesmo tempo, Guilherme, está a ser enganado por um pastor que aguarda as  ovelhas que dão a lã para os seus tecidos. No final, acaba tudo em tribunal, num julgamento presidido por um Juiz de ética duvidosa, que actua com parcialidade nas suas sentenças.

São cinco personagens, com uma coluna vertebral desviada, tentam constantemente enganar-se mutuamente, querendo tirar vantagem de qualquer situação.

Em suma, “um texto de sátira de costumes e um hino ao chico-espertismo que continuaa ser tão actual nos dias de hoje”.

Diário de Noticias, 24 de Maio de 2016.